a psicologia explica?
Redes Sociais Vs Sua Autoestima

Nos últimos anos, as redes sociais se tornaram parte inseparável da nossa rotina. Elas nos conectam, informam e entretêm. No entanto, também podem afetar profundamente a forma como nos percebemos, especialmente em relação à nossa autoestima.
O mundo das redes sociais: um palco cuidadosamente montado
O que vemos nas redes sociais é, em grande parte, uma
realidade mascarada.
Fotos são cuidadosamente escolhidas, editadas, aplicam-se filtros e correções. Momentos difíceis raramente são compartilhados — ao contrário, predomina a exibição de viagens, corpos "perfeitos", conquistas e relacionamentos aparentemente ideais.
Essa apresentação seletiva cria a ilusão de que a vida dos outros é mais feliz, mais bonita, mais bem-sucedida do que a nossa.
➡️
O resultado?
Muitas pessoas começam a se comparar com essa versão distorcida da realidade, esquecendo que o que está ali é, muitas vezes, uma
mentira cuidadosamente construída.
A comparação social: o gatilho silencioso para a baixa autoestima
A comparação é um processo natural do ser humano, mas nas redes sociais ela se intensifica e se distorce.
Quando nos comparamos com o conteúdo postado por outros, é fácil esquecer que estamos confrontando nossa vida real — com falhas e dificuldades — com a vitrine filtrada de outra pessoa.
➡️ Esse tipo de comparação constante pode gerar:
- Sentimentos de inadequação
- Baixa autoestima
- Ansiedade
- Depressão
Diversos estudos mostram que o tempo gasto em redes sociais está relacionado a maiores índices de insatisfação corporal, especialmente entre adolescentes e jovens adultos.
O ciclo da validação externa: "curtidas" e autoestima
As redes sociais também criam um ambiente onde a validação externa — através de curtidas, comentários e compartilhamentos — se torna um importante parâmetro de valor pessoal.
Quando nossa autoestima passa a depender dessas respostas, ficamos mais vulneráveis:
- Um post com poucas curtidas pode gerar sentimentos de rejeição.
- Um elogio pode provocar euforia momentânea, mas não sustenta uma autoestima sólida.
➡️ Perigo: a autoestima baseada exclusivamente em validação externa é frágil e instável, gerando uma busca incessante por aprovação.
O conteúdo editado: padrões irreais de beleza e sucesso
Além das fotos retocadas, há o fenômeno dos
"filtros" e
"apps de edição", que transformam corpos e rostos, criando padrões de beleza
irrealistas.
Esses padrões são inalcançáveis na vida real, mas acabam se tornando referência para muitos, principalmente para quem está em fases de desenvolvimento da identidade.
➡️ Isso pode gerar:
- Transtornos alimentares
- Insatisfação corporal crônica
- Distúrbios de imagem como a dismorfia corporal
Como proteger sua autoestima no mundo digital
Diante desse cenário, é fundamental desenvolver uma postura crítica e saudável em relação às redes sociais.
✅ Dicas importantes:
- Lembre-se: o que você vê é maquiado e não representa a totalidade da vida real.
- Evite se comparar com imagens idealizadas.
- Pratique o autoconhecimento e foque no desenvolvimento da autoestima baseada em valores pessoais, não em números ou aprovações externas.
- Limite o tempo de exposição às redes, se perceber que isso afeta negativamente sua autoimagem.
- Siga perfis que promovam conteúdo positivo e realista.
Redes sociais: vilãs ou ferramentas?
As redes sociais, por si só, não são vilãs. Elas são ferramentas poderosas de conexão e expressão. O problema surge quando não conseguimos perceber que o conteúdo ali postado é frequentemente parcial, editado ou mesmo mentiroso.
Ter essa consciência é essencial para proteger nossa autoestima e manter uma relação
mais saudável e equilibrada com o mundo digital.
Curiosidade artística: escolha da capa Prudência - Piero del Pollaiolo ou Pollaiuolo, em paródia de design próprio.
A pintura original representa o oposto da inveja, a prudência. Escolhida pois a inveja é marcante nas comparações realizadas nas redes sociais, quando comparamos a nossa realidade com a mentira de influenciadores.